quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Diversos informes

Portaria DRHU-72, de 13-10-2009 Dispõe sobre cronograma e diretrizes para inscrição no processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2010

Dispõe sobre cronograma e diretrizes para inscrição no processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2010
O Diretor do Departamento de Recursos Humanos, dando início ao processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2010 e considerando a necessidade de estabelecer datas, prazos e diretrizes para o seu desenvolvimento, expede a presente Portaria.
Art. 1º - Os períodos de inscrição de docentes e candidatos à contratação, para participar do processo de atribuição de classes e aulas, observarão o seguinte cronograma:
I - De 14 a 30/10/2009 - para candidatos à contratação, na Diretoria de Ensino de opção do candidato, e para ocupantes de função-atividade, inclusive os que se encontrem em período de interrupção de exercício ou na condição de readaptação, bem como os estáveis e celetistas, na unidade escolar sede de controle de frequência - SCF, contemplando todas as possíveis habilitações/qualificações docentes que apresentem, com possibilidade de indicação de outra Diretoria de Ensino, onde serão classificados para participar do processo de atribuição de classes e aulas, declinando da inscrição na Diretoria de origem; na escola, inclusive para opção por atribuição de vagas nos termos do artigo 22 da L.C. nº 444/85;
§ 1º - No período de 11 a 22/01/2010, as Comissões de Atribuição de classes e aulas, com relação às inscrições realizadas em nível de Diretoria de Ensino e também de unidade escolar, deverão proceder ao recebimento e à análise de documentos comprobatórios de habilitações/qualificações, a serem apresentados pelos docentes e candidatos inscritos, que se encontrem na condição de concluintes e de alunos de cursos de licenciatura plena ou de bacharelado/tecnologia de nível superior.
§ 2º - Toda e qualquer dúvida de Diretores de Escola na identificação da habilitação/qualificação de docentes, bem como da legitimidade dos documentos comprobatórios apresentados, deverá ser dirimida pela Comissão de Atribuição de classes e aulas da Diretoria de Ensino de jurisdição.
§ 3º - No período de 11 a 22/01/2010, cumprirá à Comissão de Atribuição de classes e aulas verificar cada uma das inscrições de titulares de cargo que tenham optado por participar da atribuição de vagas, nos termos do artigo 22 da L.C. nº 444/85, para fins de confirmação ou de indeferimento da indicação, à vista das restrições previstas nos artigos 7º e 18 do Decreto nº 53.037, de 28/5/2008, com redação alterada pelo Decreto nº 53.161, de 24/6/2008.
§ 4º - Os titulares de cargo que, após o encerramento do período de inscrições, venham a ser removidos, terão suas inscrições imediatamente transferidas, pelo sistema JATI, para a unidade de destino, onde poderão alterar, se for o caso, as opções que tenham efetuado anteriormente, relativas à jornada de trabalho, à carga suplementar e à designação nos termos do artigo 22 da L.C. nº 444/85, até a data de 22/01/2010.
Art. 2º - Os docentes ocupantes de função-atividade, de qualquer categoria (F e L), inclusive os readaptados e os docentes eventuais (S e I), assim como os estáveis, os celetistas e os candidatos à contratação, nos termos da Lei Complementar nº 1.093/2009, além da inscrição no JATI, para o processo de atribuição de classes e aulas, deverão também se inscrever para realizar a prova do processo de avaliação anual, a que se condicionará sua participação no processo de atribuição do ano de 2010.
§ 1º - A inscrição para a prova, a que se refere este artigo, deverá ser efetuada diretamente pelo docente/candidato via Internet, no site da empresa que promoverá o evento, devendo indicar o(s) campo(s) de atuação e/ou a(s) disciplina(s) de sua habilitação/qualificação cuja(s) prova(s) pretenda realizar.
§ 2º - As indicações, a que se refere o parágrafo anterior, deverão estar de acordo com os registros de campo de atuação e/ou de disciplina(s) que constaram da inscrição do docente/ candidato efetuada no JATI. datas e horários de realização das provas serão divulgados oportunamente, mediante Edital a ser publicado no Diário Oficial do Estado.
Art. 3º - Os ocupantes de função-atividade e os candidatos à contratação, que tenham se declarado na condição de portadores de deficiência, terão esta condição incluída na respectiva inscrição (JATI), devendo posteriormente, até a data de 22/01/2010, apresentar o laudo que a comprove, expedido pela autoridade médica de competência.
§ 1º - para a confirmação de que trata este artigo, poderão ser considerados laudos médicos do DPME expedidos em anos anteriores.
§ 2º - A confirmação da condição de portador de deficiência será efetuada pela Diretoria de Ensino, no JATI, à vista do laudo apresentado pelo docente/candidato.
§ 3º - Não havendo confirmação, o docente/candidato terá sua inscrição efetuada em situação regular.
Art. 4º - Os cronogramas das fases de classificação dos inscritos e de atribuição de classes e aulas do processo do ano letivo de 2010 serão estabelecidos em Portaria DRHU que se publicará oportunamente.
Art. 5º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.
Fonte: http://www.imprensaoficial.com.br/

DECRETO Nº 54.910, DE 14 DE OUTUBRO DE 2009 Dispõe sobre o expediente nas repartições públicas estaduais no dia 28 de outubro de 2009

Dispõe sobre o expediente nas repartições públicas estaduais no dia 28 de outubro de 2009 e dá providências correlatas
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Considerando que o dia 28 de outubro é data consagrada às comemorações do “Dia do Funcionário Público”; e
Considerando que a transferência das comemorações do “Dia do Funcionário Público” para o dia 26 de outubro se revela conveniente para o servidor público e para a Administração Estadual,
Decreta:
Artigo 1º - O expediente do dia 28 de outubro de 2009 (quarta-feira) nas repartições públicas estaduais pertencentes à Administração Direta e Autarquias será normal, ficando, em substituição, declarado facultativo o expediente no dia 26 de outubro de 2009 (segunda feira).
Artigo 2º - O disposto neste decreto não se aplica às repartições públicas que prestam serviços essenciais e de interesse público, que tenham seu funcionamento ininterrupto.
Artigo 3º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 14 de outubro de 2009
JOSÉ SERRA
Fonte: http://www.imprensaoficial.com.br/

Instrução Conjunta CENP/DRHU, de 14-10-2009 - completar o módulo das Oficinas Pedagógicas das Diretorias de Ensino

A Coordenadora da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas e o Diretor do Departamento de Recursos Humanos, tendo em vista a necessidade de completar o módulo das Oficinas Pedagógicas das Diretorias de Ensino, expedem a seguinte Instrução:
I - Os candidatos ao processo seletivo de Professor Coordenador da Oficina Pedagógica devem ser prioritariamente docentes cujo cargo efetivo, se titular de cargo, ou sede de controle de freqüência, se ocupante de função atividade, pertençam a unidades escolares jurisdicionadas à respectiva Diretoria de Ensino.
II - Na inexistência de candidatos que atendam ao inciso I, poderão participar do processo seletivo de Professor Coordenador da Oficina Pedagógica os docentes titulares de cargo ou ocupantes de função atividade, pertencentes às unidades escolares jurisdicionadas a outras Diretorias de Ensino, desde que respeitada a jurisdição de cada Coordenadoria de Ensino - COGSP ou CEI.
III - Como o referido processo seletivo é constituído por três etapas, prova de credenciamento, apresentação de projeto de trabalho e entrevista, poderá ser considerado credenciado o candidato que realizou a respectiva prova em qualquer Diretoria realizada pela CENP em 2008, pois a validade é pelo prazo de três anos.
IV - As demais etapas - apresentação do projeto e entrevista
- devem ser cumpridas na Diretoria de Ensino para a qual o
docente está se candidatando.
V - Cada Oficina Pedagógica será constituída de no mínimo 16 (dezesseis) e de no máximo 22 (vinte e dois) Professores Coordenadores, conforme previsto no artigo 3º da Resolução SE 91/2007, distribuídos na seguinte conformidade:
1. 01 para atendimento à Educação Especial;
2. até 02 para atendimento a projetos especiais;
3. até 02 para atendimento à Tecnologia Educacional;
4. 02 a 05 para atendimento a docentes do Ciclo I do Ensino Fundamental;
5. 11 a 17 para atendimento a docentes do Ciclo II do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
VI - Os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática podem contar com mais de um Professor Coordenador, portanto, o Dirigente Regional de Ensino deverá indicar, em cada um desses componentes um Professor Coordenador, cujo trabalho estará voltado ao currículo e outro voltado à avaliação.
VII - Todas as demais diretrizes e procedimentos devem atender o que dispõe a Resolução SE nº 88/2007, a Resolução SE nº 91/2007 e a Instrução Conjunta CENP/DRHU, de 02/07/2008, exceto o seu inciso II, alterado pelo inciso V da presente Instrução.
VIII - Esta Instrução não se aplica aos docentes candidatos ao posto de trabalho de Professor Coordenador dos diferentes segmentos nas unidades escolares.
Fonte: http://www.imprensaoficial.com.br/
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Professores poderão comprar computador portátil pelos Correios

Clipping Educacional - Agência Brasil
RIO - Pouco mais de um mês após ter sido implementado em caráter experimental em cerca de 30 cidades brasileiras, o Programa Computador Portátil para Professores será estendido para todo o país. O anúncio será feito nesta quinta-feira, Dia do Professor. Os computadores comprados pelos professores serão entregues pelos Correios na casa do docente ou na própria escola.
A iniciativa faz parte do Programa Brasileiro de Inclusão Digital, do governo federal, e permite que professores das redes pública e privada de educação básica, profissional e superior de instituições de ensino credenciadas no Ministério da Educação (MEC) comprem um notebook em condições facilitadas.
O valor máximo do equipamento financiado não deve ultrapassar R$ 1,4 mil e pode ser escolhido pelo próprio interessado no site da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), responsável pelo logística de distribuição e entrega dos pedidos. O endereço eletrônico é este: (http://shopping.correios.com.br/wbm/store/script/store.aspx?cd_company=Tf04htqbUs0=)
O modelo mais simples tem configuração mínima de 1 gigabyte de memória RAM, com memória de armazenamento de 160 gigabytes.
- Mais do que suficiente para armazenar o conteúdo das aulas de todo ano letivo - informa Nelson Fujimoto, assessor de Inclusão Digital da Presidência da República.
Os computadores permitem o acesso a internet, onde haja rede instalada, trazem periféricos como webcam e gravador de CD e rodam software de uso livre como editores de texto e de planilhas. Inicialmente serão vendidos computadores das marcas Positivo e CCE (Digibrás).
Para adquirir um notebook, o professor deve procurar uma loja dos Correios que opere com o Banco Postal (Bradesco) ou agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. É preciso apresentar uma declaração da instituição de ensino na qual trabalha (disponível no site do programa: http://www.computadorparaprofessores.gov.br/projeto/como-participar), contracheque, RG, CPF e comprovante de residência.
Além do pagamento à vista, opção disponível apenas nas agências dos Correios, há duas formas de financiar os equipamentos: mediante empréstimo ou por meio de consignação, modalidade que permite o desconto das parcelas no contracheque. Ambas as opções dependem da análise de crédito pelo banco escolhido. Os prazos de pagamento, taxas de juros e critérios de análise do financiamento variam de instituição de bancária. Os professores poderão comprar computadores portáteis em até 36 prestações.
De acordo com Nelson Fujimoto, a idéia é atingir o universo de professores brasileiros, cerca de 3,5 milhões de pessoas.

Nova cartilha de disciplina nas escolas divide educadores


Danielle Borges
Clipping Educacional - DIÁRIO DE S. PAULO
A distribuição de uma cartilha que prevê regras de disciplina e punição nas escolas da rede estadual divide especialistas ligados à rede estadual de educação. De um lado, os diretores, que estão na linha de frente, nas escolas, afirmam que a iniciativa é positiva e que pode ter resultados em pouco tempo. De outro, os supervisores de ensino avaliam que a repressão não é o melhor caminho. Para o governo, que distribuiu o material em agosto deste ano para 5.400 escolas da rede, o “Manual de Conduta Escolar” é uma ferramenta que dá subsídios aos professores e diretores. A cada dia, cem escolas relatam casos de agressão. Na cartilha , são listadas 30 regras que devem ser respeitadas pelos alunos. O desrespeito implica em sanções que vão desde a advertência e suspensão, até a transferência compulsória do estudante. “O manual é altamente repressivo. E não é disso que se necessita em um ambiente escolar. É preciso investir em prevenção e discutir a questão da violência”, diz Maria Cecília Mello Sarno, presidente da Apase, sindicato que representa os supervisores de ensino do estado. Luiz Gonzaga, presidente da Udemo, sindicato que representa os diretores da rede, concorda que a indisciplina pode ser trabalhada no ambiente escolar, mas reforça a necessidade de combate intensivo da violência. “É preciso separar o que é um mero ato de indisciplina na escola do que é violência contra professores e contra colegas.”
Fonte: http://oglobo.globo.com/diariosp/

(clique na imagem para ter acesso a cartilha)

Para consultor da Unesco, cenário sobre professores no Brasil é preocupante

Da Agência Brasil
Problemas na formação continuada dos professores e até mesmo na formação inicial, além da baixa remuneração, compõem um cenário "preocupante", de acordo com o consultor em educação da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) no Brasil, Célio da Cunha.

Ao comentar o estudo Professores do Brasil: Impasses e Desafios, lançado pela Unesco na semana passada, Cunha lembrou que os professores representam o terceiro maior grupo ocupacional do país (8,4%), ficando atrás apenas dos escriturários (15,2%) e dos trabalhadores do setor de serviços (14,9%). A profissão supera, inclusive, o setor de construção civil (4%).


O especialista destaca, entretanto, que é preciso "elevar o status" do professor no Brasil. A própria Unesco, ao concluir o estudo, recomenda a necessidade de "uma verdadeira revolução" nas estruturas institucionais e de formação. Dados da pesquisa indicam que 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Outro dado "de impacto", segundo Cunha, trata dos salários pagos à categoria - 50% dos docentes recebem menos de R$ 720 por mês.

O estudo alerta para um grande "descompasso" entre a formação teórica e a prática do ensino. Para Cunha, a formação do docente precisa estabelecer uma espécie de "aliança" entre o seu conteúdo e um projeto pedagógico, para que o professor tenha condições de entrar em sala de aula.

Como recomendações, a Unesco defende a real implementação do novo piso salarial e a política de formação docente, lançada recentemente. Cunha acredita que esses podem ser "pontos de partida" para uma "ampla recuperação" da profissão no Brasil.

"Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual", disse, ao ressaltar que sem professores bem formados e com uma remuneração digna não será possível atingir a qualidade que o Brasil precisa para a educação básica. "Isso coloca em risco o futuro do país, por conta da importância que a educação tem em um mundo altamente competitivo e em uma sociedade globalizada."

Paula Laboissière
Repórter

Edição: Graça Adjuto

Para todos os professores

domingo, 4 de outubro de 2009

Diversos textos

O Currículo e a Formação para um Mundo Globalizado e Plural

Autora: Cássia Ravena Mulin de Assis Medel[1]

Clipping Educacional – Dicas de Educação

Nos dias de hoje, o currículo deve se voltar para a formação de cidadãos críticos, comprometidos com a valorização da diversidade cultural, da cidadania e aptos a se inserirem num mundo global e plural.

A partir do século XX, o currículo passa a ser visto como uma construção, uma seleção da cultura que deve estar comprometida com a emancipação das classes oprimidas, com a ligação de conteúdos a experiências vividas por essas classes, de maneira a provocar uma conscientização de suas condições de vida e uma perspectiva de mudança destas.

O caráter excludente de algumas escolas e do currículo tradicionais, que reproduzem as desigualdades sociais, ao trabalhar com padrões culturais distantes das realidades dos alunos devem ser abolidos, pois além de “expulsar”, via reprovação e evasão, os alunos que mais necessitam da escola para sua educação, não estão mais de acordo com as propostas da educação e realidade atuais.

Segundo Canen (2000, 2001, 2002, e 2003), Assis & Canen (2004), Canen e Moreira (2001), o currículo, na visão multicultural, deve trabalhar em prol da formação das identidades abertas à pluralidade cultural, desafiadoras de preconceitos em uma perspectiva de educação para a cidadania, para a paz, para a ética nas relações interpessoais , para a crítica às desigualdades sociais e culturais.

Um currículo multicultural pode trabalhar em todas as perspectivas. Pode apresentar fases folclóricas, em que mostre a influência de diferentes povos na formação da cultura (como, por exemplo, a influência dos árabes nas ciências, na matemática; a influência dos africanos na cultura brasileira e de outros povos), como também pode, em outros momentos, trabalhar com a perspectiva multicultural crítica de desafio a preconceitos, formação da cidadania e questionamentos acerca da desigualdade que atinge determinados grupos (por exemplo, pode-se na literatura trabalhar com textos em que,

Apesar de ressaltado seu valor literário, apareçam traços preconceituosos contra negros, mulheres, idosos, e assim por diante, contextualizando essas idéias, mostrando suas raízes históricas, enfatizando a sua influência acerca do autor e revelando modos de vê-las e enfrentá-las nos dias atuais).

No entanto, pode ainda em momentos diferentes,mostrar a diversidade dentro da diversidade. Nesse caso, por exemplo, pode questionar conceitos esteriotipados em notícias de jornal, que fazem referência a povos e grupos de maneira homogeneizadora.

Dessa forma, as demandas por um currículo multicultural, na época contemporânea de pluralidade cultural, de conflitos, de ataques terroristas de exasperação dos preconceitos e das diferenças, de desafios éticos na formação da juventude, tem sido enfatizada na literatura acerca do currículo, nacional e internacional.

Autora: Cássia Ravena Mulin de Assis Medel

email: ravenamedel@yahoo.com.br

Fonte: http://sitededicas.uol.com.br/


Motivação na Aprendizagem




Autora: Cássia Ravena Mulin de Assis Medel[1]

Clipping Educacional – Dicas de Educação

Os professores estão sempre se perguntando sobre o que devem fazer para que os alunos realmente aprendam.
Segundo o dicionário Silveira Bueno, motivação quer dizer exposição de motivos ou causas; animação; entusiasmo. Através dessas definições, pode-se constatar que estar motivado é estar animado, entusiasmado. Para isso, é necessário ter motivos para se chegar a esse estado.

Qualquer coisa que se faça na vida, é necessário primeiro a vontade de realizá-la, senão nada acontece. Isso também ocorre na educação. Educação requer Ação e como resultado dessa ação, há o APRENDIZADO. Mas para que se realize a ação e esta resulte no aprendizado é necessário, inicialmente, que haja a VONTADE, nesse caso, a vontade de aprender. O professor deve descobrir estratégias, recursos para fazer com que o aluno queira aprender, em outras palavras, deve fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender. Como por exemplo:

· Dar tratamento igual a todos os alunos;

· Aproveitar as vivências que o aluno já tem e traz para a escola no momento de montar o currículo, incluir temas que tenham relação, isto é, estejam ligados à realidade do aluno, a sua história de vida, respeitando a sua vida social, familiar;

· Mostrar-se disponível para o aluno, ou seja, mostrar que ele pode contar sempre com o professor;

· Ser paciente e compreensivo com o aluno;

· Procurar elevar a auto-estima do aluno, respeitando-o e valorizando-o;

· Utilizar métodos e estratégias variadas e propostas de atividades desafiadoras;

· Mostrar-se aberto e afetivo para e com o aluno;

· “Acolher” realmente o aluno;

· Dar carinho e limites na medida certa e no momento adequado;

· Manter sempre um bom relacionamento com o aluno, e consequentemente, um clima de harmonia;

· Fazer de cada aula um momento de real reflexão;

· Ter expectativas positivas acerca do aluno;

· Saber ouvir o aluno;

· Não ridicularizá-lo jamais;

· Amar muito o que faz, a sua profissão de professor;

· Mostrar para o aluno que ele pode fazer a DIFERENÇA, isto é, que ele tem o seu lugar e o seu valor no mundo;

· Perceber que ele, o professor, pode fazer a DIFERENÇA, para o aluno;

· O professor deve ensinar o aluno a ser ético e crítico, mostrando a ele que a crítica é boa , desde que feita de maneira adequada e que a ética é fundamental em qualquer relacionamento humano, em qualquer ambiente: Familiar, Social, Escolar, entre outros.

Autora: Cássia Ravena Mulin de Assis Medel
email:
ravenamedel@yahoo.com.br

Fonte: http://sitededicas.uol.com.br/


O Sujeito do Conhecimento

Autor: Guilherme Santinho Jacobik[1]

Clipping Educacional – Dicas de Educação




Um grande número de “especialistas” e articulistas de jornais, revistas, rádios e canais de televisão, enfim, da mídia, apontam seus dedos críticos à instituição Escola e, por conseguinte, ao seu maior representante, o professor. Acusam tanto os que atuam quanto os em formação inicial pelo estado precário em que se encontra o ensino no país. De tempos em tempos listas e dados estatísticos, ora do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ora da UNESCO (Órgão da Organização das Nações Unidas ligado às questões educacionais), entre outros, alimentam as críticas e, sem analisar a macro-conjuntura política, econômica e social, encontram facilmente o “bode expiatório” ideal: o professor. E surgem expressões que, de tão repetidas, já ecoam entre nossos próprios pares, entre os próprios educadores: “Os professores pararam no tempo”; “Os professores não querem inovar”; “Sua formação é péssima”; “O professor perdeu sua vocação”, entre tantas outras.

Este é um registro sintomático, não da condição da Escola e de seus Educadores, mas de uma histórica falta de reflexão conjuntural daqueles que analisam o ensino formalizado.

É fato que em termos quantitativos de informação e tecnologia, muito se mudou socialmente. A quantidade de meios de exposição à informação é imensa: internet, T.V., rádio, periódicos, livros etc. Mas será que todo esse contato permitiu a formação de sujeitos com opiniões críticas sustentadas? Terão estes estímulos tornado-se conhecimento a serviço da melhoria social, seja ela individual ou coletiva? Obviamente que não, é o que a realidade nos mostra e a culpa não é somente da Escola

Hoje é lugar comum apontar a defasagem tecnológica de nossas escolas como ponto forte do fracasso da formação do aluno. Pergunto: abastecer a escola (essa mesma criticada) de computadores resolverá essa defasagem? A mudança necessária às escolas, para que estas formem alunos capacitados à vida social, passa apenas pela substituição material?

Não pretendo neste artigo defender ou refutar as inovações materiais na escola, mas sim, levantar mais questões do que as pretensiosas certezas daqueles que criticam o professor, entre elas, duas iniciais: A formação do aluno, tão duramente questionada, deve servir a quê e a quem? Em que outro espaço social há a possibilidade de reflexão sobre o papel dos sujeitos na sociedade, do que a escola?

Apesar de comumente a escola ser analisada, de forma unilateral por aqueles que se encontram fora dela, como um espaço estéril à mudança, é ela mesma que tem enfrentado o desafio de reconhecer seus limites e é dela que ecoam movimentos de mudanças que superam os anseios do mercado, porque a escola não surgiu como instituição social para satisfazer apenas “mão de obra” e sim para acolher sujeitos no seu pleno significado.

Em primeiro lugar, é bom lembrar o que parece obviedade: é a escola, qualquer escola, que sistematiza e instrumentaliza o sujeito para ler as diversas facetas do mundo real sob a ótica da ciência, o que não significa um olhar melhor, mas é um dado irrefutável, o de que é o primeiro, e para muitos o único, espaço social que aproxima o sujeito da ciência. Como bem descreveu Arnay (2002, p.38):

O fato de o sistema cognitivo humano atuar naturalmente para interpretar o mesomundo (Delbrück, 1989) e elaborar teorias populares sobre essa dimensão faz com que uma das características das aprendizagens escolares seja situar os alunos, desde o início da sua escolarização, diante de tarefas e problemas que não podem ser resolvidos com modelos elaborados mediante a percepção imediata ou os conceitos naturais aprendidos de maneira informal na interação social. A aprendizagem formal, entre outras coisas, tenta transformar a maneira como habitualmente se situa a análise das dimensões intermediárias da realidade e situar quem aprende diante dos processos de indagação sobre dimensões às quais não se pode ter acesso sem instrumentos técnicos adequados.

Com isso não se renega a importância do olhar não científico sobre as interações com o mundo, nem se privilegia a ciência como única verdade, como mito acabado, e sim como fruto de suas conexões históricas e sociais (Cortella, 2000, p.101).

Algumas das críticas à escola são, infelizmente, verdadeiras, mas também têm emanado dela a necessidade e a busca por mudanças. Das tantas questões fundamentais que a escola vem refletindo, a distância entre o desejo de alunos e professores em vivenciar saberes necessários à vida e a lenta mudança dos saberes escolares tradicionais são algumas das mais contundentes.
Morin (2001, p. 35) destaca a dicotomia existente entre os saberes ensinados na escola atual, desunidos, divididos e compartimentados e os problemas que são cada vez mais multidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais e planetários. Para encontrar a devida pertinência é, segundo ele, necessário tornar evidente (visível): o contexto; o global; o multidimensional e o complexo.

O contexto. Morin afirma a importância de situar as informações e os dados no seu contexto, assim como as palavras dentro do texto. O conhecimento de informações ou dados isolados é insuficiente.

O global (as relações entre o todo e as partes). É preciso ver o todo, o global é mais do que o contexto, é o conjunto da diversidade. Por exemplo, uma sociedade é o todo organizado de que fazemos parte.

O multidimensional. O ser humano é uma unidade complexa e como tal multidimensional. É ao mesmo tempo biológico, psíquico, social, afetivo e racional. A sociedade, por conseguinte, comporta as dimensões históricas, econômicas, sociológicas, religiosas etc. O conhecimento deve levar em conta essa visão conjuntural, evitando isolar uma parte do todo, e as partes umas das outras.

O complexo. O conhecimento pertinente deve aceitar os desafios da complexidade, da inseparabilidade entre os elementos constitutivos do todo, que pode ser econômico, político, psicológico etc e suas partes, as partes e o todo, as partes entre as partes e assim sucessivamente.

Segundo Penséss (Apud Morin, 2001, p.37):

“sendo todas as coisas causadas e causadoras, ajudadas ou ajudantes, mediatas e imediatas, e sustentando-se todas por um elo natural e insensível que une as mais distantes e as mais diferentes, considero ser impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, tampouco conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes”.

Autor: Guilherme Santinho Jacobik
email:
ravenamedel@yahoo.com.br

Fonte: http://sitededicas.uol.com.br/

Estudos ligam boa educação a maior salário de professores

da Folha de S.Paulo

Um estudo divulgado neste ano comparando os sistemas cubano, brasileiro e chileno ("A Vantagem Acadêmica de Cuba", de Martin Carnoy), aponta que uma das razões para o sucesso cubano é que seus professores recebem, em média, o mesmo rendimento de outros profissionais, o que faz com que a carreira fique atrativa para os melhores estudantes.

Um estudo divulgado em 2007 pela consultoria McKinsey chegou a uma conclusão parecida ao identificar como uma das características comuns em países bem avaliados no Pisa (Programa de Avaliação Internacional de Estudantes) o fato de a carreira ser atrativa aos melhores profissionais que se formam no ensino médio.

Apesar dessas evidências, há controvérsias entre especialistas a respeito do impacto do rendimento do professor no desempenho dos alunos, já que estudos correlacionando salários com a nota dos estudantes mostraram que, para a rede pública brasileira, não há impacto estatisticamente significativo.

Para Bernardete Gatti, que coordenou o estudo da Unesco sobre professores, essas análises que só correlacionam salários e notas captam retrato de momento: "O problema é que se um jovem bem preparado não vê boas perspectivas salariais na carreira, irá procurar profissões mais atraentes".