PARO, Vitor. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Ática, 1998.
Administração Escolar e Qualidade do Ensino: O que Os Pais ou Responsáveis Têm a Ver Com Isso?
Para
uma sociedade democrática é importante de que esta preveja em sua
estrutura, a instalação do mecanismo institucionais que estimulem a
participação em sua gestão não só de educadores e funcionários mas
também dos usuários, a quem ela deve servir.
A noção de qualidade do
ensino está ligado a preparação para o mercado de trabalho, e o ingresso
para o ensino superior. Sem minimizar a importância desses dois
elementos, o conhecimeto, técnicas, valores, comportamentos, atitudes
construídos historicamente, deve ser passado de geração em geração. Essa
produção tem sido mediada pela educação, e é por ela que o homem tem a
possibilidade de construir-se historicamente diferenciando-se da mera
natureza..
A escola ao prover a educação precisa tomá-la em todo seu
significado humano não em apenas algumas de suas dimensões. A escola
publica tem baixa qualidade, porque não fornece o mínimo necessário para
a criança e o adolescente construir-se enquanto seres humanos,
diferenciados do simples animal. Na prática cotidiana, professores
influenciados pela ideologia liberal buscam para as camadas sociais
usuárias a mesmas metas de ingressar na universidade, que era o objetivo
da escola publica de três quatro anos atrás.
A reprovação, a evasão
e o baixo nível de conhecimento produzidos na escola caem sobre a culpa
de professores por serem incompetentes. Estes por sua vez alegam a
falta de interesse dos alunos como mau desempenho escolar. Considerando
assim, o trabalho docente, a situação de ensino que é o próprio
trabalho, não é o produto. Se a escola tem que responder por produtos,
estes só podem ser o resultado da apropriação do saber de seus alunos.
Se eles não aprendem é que a escola não é produtiva.
O querer
aprender como questão didática, é essencial para que a produção se
realize, este querer aprender é um valor cultivado historicamente pelo
homem e, um conteúdo cultural que precisa ser apropriado pelas novas
gerações, por meio do processo educativo. Não cabe a escola como agência
encarregada da educação sistematizada renunciar essa tarefa. Por isso é
que não tem sentido a alegação de que, se o aluno não quer aprender não
cabe a escola a responsabilidade por seu fracasso. Cabe sim, e esta é
uma de suas tarefas. Levar o educando a querer aprender é o desafio
primeiro da didática.
Não há duvida que a escola pouco ou nada tem
feito para tornar o ensino prazeroso, condição mais que necessária porá o
interesse do aluno. Porém, não depende exclusivamente dela. Aprender e
estudar é um valor cultural que precisa ser permanentemente cultivada.
Começa a formar-se desde os primeiros anos de vida. A continuidade entre
a educação familiar e a escolar esta em conseguir a adesão da família
para a tarefa de desenvolver nos educandos atitudes positivas e
duradouras com relação ao aprender e ao estudar. Levá-los a querer
aprender implica fazê-los sujeitos, quando com seus pais, trazendo-os
para o convívio da escola, mostrando que é importante sua participação.
Em
termos de política educacional, a relevância de estudos sobre a
colaboração que os pais tem em casa para o processo pedagógico,
procurando conhecer, o que eles pensam a respeito do ensino e quais as
predisposições em que colaborar com a escola no desenvolvimento de
valores favoráveis a aquisição do saber, o que se quer é um
desenvolvimento destes em atividades costumeiras. É unânime dentro da
escola que esta crença é importante para o desempenho do aluno. Todos os
pais podem estimular seus filhos, interessando-se por seus estudos,
verificando seus cadernos, reforçando sua auto-estima, enfim, levando-os
a perceber a importância do aprender e a sentir-se bem estudando.
Porem, cabe a escola esclarecê-los a respeito de como desempenhar seu
papel. Há um perigo de tornar essa missão catequética ou doutrinária.
Para isso a pesquisa de campo, como projeto de formação de pais
autorizado pela delegacia de ensino e com previsão de recursos para a
execução.
A GESTÃO COMPARTILHADA NA ESCOLA PÚBLICA
Neste
artigo, explicita determinantes históricos da gestão na educação. A
escola tem a função de garantir a contundência histórica da pratica
educativa e a integração do conjunto de praticas pedagógica.
A Falácia da Educação Escolar e de sua (pseudo)Democratização
Há hoje no país, condições mínimas de se exercer a cidadania, faltas de perspectivas e de esperanças.
As Bases Fundantes da Gestão Democrática
A
globalização e a tecnologia, que fundam e dão base pra a exclusão e
para o neoliberalismo, também fundam e dão base para a inclusão e pra o
estatuto de partilha e da companheirice da sociedade da inclusão
universal, fundada dna colaboração econômica, na co-responsabilidade
política e na solidariedade ideológica.
A gestão compartilhada na
escola só faz sentido como uma prática social que qualifica o processo
educativo na construção da revolução sócio-antropológico emancipadora.
Este é oi processo histórico em construção que faz sentido, superando o
autoritarismo, fundado na imposição anti-educativa e evitando a falácia
da democratite, fundada na irresponsabilidade coletiva.
A indignação
crescente da sociedade civil com o estado da educação brasileira vem
acompanhada de uma enorme e fundada esperança, que resgata o próprio e
real sentido da intervenção educativa escolar. Dois eixos se fundam e
alicerçam uma gestão democrática conseqüente:
1. o sentido social da
educação que emerge o novo mundo do trabalho e as novas demandas que se
exige pensar e trabalhar em equipe, tornando exigente e complexa a
parceria e co-responsabilidade na sua gestão; o conhecimento como nova
base de relação, produção material, excluindo pessoas e por outro lado
constituindo como oportunidade pra a construção de uma nova sociedade; o
tempo livre gerado pelo desemprego, aposentadorias, folgas semanais e
outros, tornam-se desafio, de transformá-lo em tempo para conviver e
curtir e não a servir ao senhor nosso deus capital.
2. a concepção de
aprendizagem e conhecimento, fundada de experiências recentes
pedagógicas. A educação no sentido amplo é um processo de produção
histórica humana; num sentido restrito é uma prática social que
contribui no processo dessa história, através da aprendizagem do
conhecimento. O conhecimento pode ser entendido como produto ou
informação – o saber histórico acumulado pela humanidade- ou processo
ou construção – é a construção do saber, onde conteúdos são trabalhados
no ato pedagógico e o importante é que o aluno compreenda, construa seu
dizer, a sua própria palavra e desenvolva a sua competência para exercer
o direito de se pronunciar. Este processo implica a intersubjetividade,
parceria, partilha e se opõe a toda forma de redução à mercadoria.
A
emancipação humana é um processo antropossocial, coletivo e individual,
social e antropológico, forjado na história da humanidade e das pessoas
desenvolvendo três características humanas:
1. o pensamento – é a
capacidade de intervir inteligentemente, trabalhar mentalmente o real,
elaborando um projeto de mudança do mesmo. A escola é um espaço social o
que privilegia o desenvolvimento de aptidões cognitivas de todos e de
cada um, reforça a responsabilidade sócio-política da escola de
construir o futuro.
2. a convivência – as pessoas se produzem
historicamente no encontro com outras pessoas. Esta convivência é
indispensável para o processo de construção de si. A escola é o espaço
de intervenção educativa onde pessoas se qualificam para a ventura de
conviver, implicando numa construção de aptidões atitudinais, parcerias,
encontros de convivência das demandas e se concretiza na gestão
democrática.
3. o encantamento – e a possibilidade de encontrar e
construir sentido para suas vidas e para o mundo. Na escola a avaliação
deve ser vista como um processo de acompanhamento da construção da
celebração de aprender, avançar na construção do conhecimento e mediar
uma melhora na relação pedagógica.
Conclusão
A escola é um
espaço social que celebra a aprendizagem, vive o encanto da construção
da emancipação humana, consolida relações, contribui pra a humanidade. E
pela gestão democrática se garante uma pratica da construção
emancipadora da existência das pessoas e da humanidade.
domingo, 25 de agosto de 2013
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